segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Vai ter um tapete. E uma daquelas poltronas hiper confortáveis e modernas.
O piso tem que ser de madeira, mesmo que seja fake. E logo ali na varanda vai estar meu telescópio.
Nas paredes, muitas estantes cheias dos meus livrinhos. No quarto uma cama branca, grande o bastante pra me caber cobrindo todos os espaços que você ocuparia. Levaria o pôster do Chico, pois a mágoa da música também seria a minha: "Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito..." 
Eu vou tirar a minha roupa depois de um dia de merda, deitar no tapete ou talvez me acomodar naquela poltrona. Vou caminhar nua, abrir as janelas, tentar não lembrar do que aconteceu um dia. 
Vou me ocupar com algum vício, depois me lavar até que minha cabeça fique vazia. Vazia como a de um zumbi. No banho a gente esquece do tempo, se desliga da vida. Vou tratar de esquecer tudo.

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